quarta-feira, fevereiro 02, 2011

Pra Janaína


Quem nasce na beira da praia, tenha a crença que tiver, um dia ou outro escuta a Sereia.
Quem nasce na praia é filho de Cristo, de Buda, Shiva, Maomé...
Mas quando lava os cabelos na casa da Rainha sente o sal dos seus carinhos, o ninar das suas ondas e se entrega.
E tem licença poética! Que não fiquem enciumados Todos os Santos, porque quem nasce nos braços de Iemanjá é, antes de tudo, filho do Mar.





Minha singela homenagem àquela que me viu nascer, no cais de Santa Luzia, Angra dos Reis.

domingo, janeiro 16, 2011

Vivendo e aprendendo a jogar...

... Mais conhecido como 'A fila anda', em três atos.


Primeiro:

- Oi você quer jogar bola?
- Hoje não dá... minha unha encravada... ok

Segundo:

- Oi, você quer jogar bola?
- Hoje não dá... meu tênis tá molhado... tenho que fazer compras com minha mãe... ok

Terceiro:

- Hey, você não vai me chamar pra jogar bola?
- Não, tô jogando com alguém que não mata um parente por semana.



Baseado em edificante troca com Suzy Nambu, colaboradora desta janela desinformativa.

segunda-feira, dezembro 27, 2010

Nota

Afim de evitar maiores equívocos informamos:

A musa esfuziante e suculenta que ilustra nosso blog não é nenhuma das colaboradoras do mesmo.

Grata.

A gerência.

sábado, novembro 27, 2010

Da torre do observatório do cotidiano:

uns pequenos que vivem de luz levam, em suas coleiras, seus passarinhos de seda colorida pra voar.





sexta-feira, novembro 26, 2010

O garoto voador


E tem esse garoto... e eu tenho uma mania de me dize
r pra ele. Não sei, devem ser seus olhos. Olham pra gente igual microfone de repórter, que você fala e continua te mirando, e então ou você cria aquele silêncio constrangedor entre você e o microfone, ou comenta o tempo – o que é ainda pior do que o silêncio – ou você fala.

E depois que você fala, ele te faz fazer. Não sei. Olha pra gente igual caixinha de Natal que fica ali no balcão, mira o centavo que tá escondidinho na sua mão e te olha – “eu viiii esse centavinho na sua mão, vai põe na caixinha que eu sei que você pode.” E você faz.
E porque ele é príncipe e criança.
E porque ele teima, e voa.
E porque ele sempre vai te fazer falar assim, tanto.
Por isso eu gosto dele tanto, assim...
Não sei... devem ser seus olhos.














quinta-feira, setembro 24, 2009

A little conversation

No jornaleiro do bairro, pela manhã:


" - Vc viu o ET do Panamá? Caiu da nossa nave... e confundiram ele com uma preguiça."



"- Vi sim... mas mal sabem eles que muitos outros ETs vão cair também... "



"- Pois é, tem o Zelaya, o Sarney... "





terça-feira, julho 28, 2009

200g de poder

Algo que as pessoas, na sua maioria, gostam é de ser lembradas. Mas há que se ter cuidado com o que se deseja...

Recebi de meu primo uma foto, junto à outras de contexto totalmente diferente, e à princípio pensei a foto ter vindo pra mim enganada.

Questionei o envio da mesma e recebo como explicação: "lembrei demais de você".

Deus do céu. O que eu fiz com a minha vida, para que lembrem-se de mim ao verem um pacote de ... bananas?!
Bom, já dizia Caetano: cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é...

Se Frida Kahlo tem o seu, Van Gogh... por que também eu não teria aquele retrato cujo conteúdo remeteria o observador imediatamente à minha pessoa?

Nada tão sóbrio quanto à Monalisa, tão bucólico quanto um Monet... mas tem seu valor, afinal, são... bananas.

Mas como uma representante engajada e atuante desta janela desinformativa, não poderia apoderar-me de todo o mérito da questão.

E é com humildade que compartilho a foto com as demais colaboradoras do Fruit's Salad Power Blog e a coloco nesta fruteira, como auto-retrato símbolo da nossa desimportância, desinformação e tudo o mais que não é assim tão útil, mas que faz bem, "engorda e faz crescer".

Ser feliz faz bem. Fazer os outros felizes faz bem.
Ser lembrada por isso engorda o coração e faz crescer o espírito.



Fruit's Salad Power Blog, agora orgânico - conteúdo 100% naturalmente adubado

quinta-feira, maio 07, 2009

Diários de estetoscópio - relatos do meu mundo cão

Há dias em nossas vidas que são muito peculiares.
Eu poderia afirmar que ontem foi um desses dias...

Começou pela manhã (ah sim, até onde sei, é por aí que os dias começam), quando uma senhora muito doce, dona de um poodle que estava à beira do abismo, foi para a clínica para mais uma sessão de fluidoterapia.
Aviso, de antemão, que pseudônimos serão utilizados aqui para poupar a identidade dos clientes.
Enquanto colocava o Nick no soro, a Dona Marizete, simpatizando com meu semblante (de santa, deve ser, dado o rosário que ela desfiou) começou a me contar a trágica história da sua vida: viúva do namorado com quem viveu 8 anos, estava travando uma luta com o INSS para obter o direito à receber a pensão do cujo, uma vez que ele e ela, foram em cartório assinar a Certidão de União Estável, para que, na época, ela tivesse direito ao plano de saúde do seu companheiro. Contou também (para ver se eu me compadecia e não cobrava a sessão de fluidoterapia) que a sua ex nora, grávida de cinco meses e segundo ela, uma peste, estourou seu cartão do supermercado e agora, pra não ter seu nome no SPC vai ter que pagar a dívida da ex nora peste.
E nada do soro acabar...

Terminada a sessão de psico-fluidoterapia do Nick, e ao término de uma cirurgia, bate na porta um simpático cidadão com uma festiva e florida bermuda amarelo ovo, descalço e com uma brilhante barriga caindo sobre a bermuda alegre.
"-Pois não? Posso ajudar? - Ai Dra, estou doente, preciso ser atendido!" (piadinha clássica e obviamente sem graça)
Vamos até a casa do festivo homem. Chegando lá, uma pinguela pra atravessar e chegar até a porta. Na porta uma barricada, feita de ripas de compensado, separava as suas cadelas da entrada da casa.
Entrando na casa, o homem avisa: "mãe, estamos aqui com a Dra.
E uma senhora usando fraldas geriátricas, camiseta e chinelos vem à porta de seu quarto. "-Não, mãe, é a Dra das cachorras, não é pra senhora!"
Enquanto a cadelinha era sedada, o homem senta-se no chão, me pede pra tirar o celular dele do carregador que está na tomada atrás de mim e inicia um telefonema: "Ruth, desmarca o paciente de agora, não vou poder atender, e o das 15:30 também. Separa os papéis da prefeitura pra eu assinar, é Ruth, os azuis.. na mesinha da minha sala... isso... achou? Então deixa lá, que eu assino quando chegar."
Depois do telefonema e de gritar muitos "p$rras e c#$#lhos" pra segurar a cadelinha que fazia força pra não ser sedada, o fonoaudiólogo colorido se acalmou e, após uns segundos de conversa, me deu seu cartão e ofereceu a primeira consulta gratuita para o tratamento da minha ATM.

De volta à clinica, toca o interfone: "-Oi, meu cachorro foi cruzar e há três dias que o pênis dele está pra fora e não quer entrar, o veterinário pode ir lá em casa ver?" "-Pode sim, qual o nome do Sr.?" "- Bira." "- Sr Bira, o carro não está aqui agora, então não vou poder fazer o atendimento imediatamente, mas me deixa o seu telefone e assim que o outro Dr. voltar com o carro nós vamos lá." "-Não, não quero que me telefonem!" "-Mas Sr Bira, se o Sr me der o seu telefone, eu posso ligar quando o carro estiver disponível, o Sr não perde viagem e vamos lá em seguida." "-Não, ninguém me liga!"(Vontade de dar na cara do Sr Bira)
Passado um par de horas, Sr Bira retorna e podemos, enfim, buscar seu companheiro, que teve sua primeira experiência romântica frustrada e desastrosa.

Com uma bolsa de gelo no pênis do pequeno amante frustrado e uma pinça em seu testículo para a retirada de inúmeras pequenas larvas de mosca, muito concentrada e atenta para não levar uma rajada certeira de pipi no meio dos olhos, escuto um barulho seco vindo da mesa do consultório: pow!

Oswaldo, o colega de profissão, que fazia tarefas burocráticas ao meu lado, me olha:
"-C.%$¨lho! Que isso Carol?"
E uma coisinha gorda, fofa, limpando a cara com as patinhas, nos olha atentamente: "-Um rato! Hahaha, que lindo!"
O colega, tomado pelo asco, grita histérico: "-Que lindo é o c#$%te! Ana, Anaaa!! Trás uma vassoura!"
E eis que surge Ana, a tosadora, com um rodo de 3 x 3m: "-Não, Ana, não mata! Não mata!"
Mas Ana tira a vida do pobre rato, que tem como único pecado ser feio, e transmissor de mil e umas doenças para animais e seres humanos (como se o homem não transmitisse nenhuma).
De onde o ratinho surgiu eu não sei. A única imagem que tenho é a de um vulto marrom, surgindo como o carro do filme "De volta para o futuro", atravessando o céu do consultório e caindo na mesa...

Passado o susto, pênis do cachorro congelado, cachorro medicado, no canil, cobertor, liga o aquecedor, apaga a luz...

Luzes apagadas, portas e janelas trancadas e fim do expediente de uma pacata dupla de médicos veterinários.

domingo, abril 19, 2009

Uh uh uh lala


Desculpa esfarrapada pra mostrar pras meninas o índio filé.
Feliz Dia do Índio.

terça-feira, abril 07, 2009

O 13o Elemento

Há alguns anos, conversando com uma amiga sobre astrologia, chegamos à brilhante conclusão de que faz-se urgente a criação de um 13o signo no zodíaco para classificar essa que vos redige.

Já não me bastasse um ascendente em sagitário que tenta, pobre, só tenta me conferir uma certa dinâmica, aí tem lua em não sei quem, marte não sei onde. É muito planeta, muito signo muitas nuances que não conseguem explicar essa personalidade confusa, atrapalhadinha...

E o pior é que antes de 'descobrir' que meu ascendente é em sagitário, passei uns 20 anos achando que eu tinha o ascendente em escorpião. Tudo porque minha mãe insistia que eu tinha nascido uns minutos antes - ou depois - do que eu realmente nasci. (Talvez a 'personalidade confusa e atrapalhada' seja herança genética, e eu procurando pelo em ovo.)

A partir disso desenrolou-se uma gama de dilemas ego-psico-astrológicos. Alguns porquês da minha personalidade se fizeram entender, outros viraram mistério.
E a busca pelo Ego Perdido tornou-se quase obsessiva.

Então resolvi fazer meu mapa astral. Sim, é salutar a gente se conhecer melhor. Lidar com o que a gente conhece é mais fácil.
Aproveitei a oportunidade, por consequência de um retiro espiritual, e marquei um encontro com a minha Lama, que é astróloga.

Data de nascimento, hora, etc etc. Mapa pronto: 'Bem, minha querida,vamos ver o que seu mapa fala sobre você'. E de repente eu vejo uma nuvem pairar sobre os olhos iluminados da minha Lama. 'Ai caramba, que olhos são esses? Por que ela franziu a testa?'

Ela me lança um sorriso, que só quem já viu cara a cara sabe a força que tem. Franze a testa de novo e me diz: 'não sei, sinto muito mas, não sei dizer o que é isso. É muito confuso'.

E diante daquela mulher, por quem eu dedico o maior respeito do mundo - confirmando que meu caso não tinha saída, não tinha desculpas, a desordem do meu ego estava escrita mesmo - eu tive que fingir surpresa, ao invés de dizer: 'viu? eu sabia, alguma coisa aí tá estranha.'

Sim, está estranha. Mas eu e minha sábia amiga, num momento pseudo-psico-astro-filosófico levantamos as questões que seriam de irrefutável relevância e ponto chave da questão abordada.

Primeiro: de repente, quem sabe - se conferissem de volta à Plutão a categoria de planeta - alguma coisa no meu mapa mudaria e confeririam de volta à mim categoria de pessoa equilibrada?

Segundo e crucial ponto: deixaram de fora o único signo que não podia faltar - o 13o signo do Zodíaco, o Ornitorrinco.

E enfim soluciona-se o mito. Não tem cabra, não tem cavalo com tronco de homem, peixe, escorpião, carneiro, nada disso.
Só um bicho com pelos, bico e pé de pato, dente, rabo de castor, carnívoro, que poe ovo e é mamífero (mas não tem tetas) é capaz de conferir identidade a esse meu vasto e caótico universo de 1,60m.

A Constelação Ornitorrinco - corroborando a tese do 13o signo. Descoberta em meados de 2008 por observadores amadores (calientes que namoravam no capô de um Fiat 147 em algum ponto onde ainda tem acostamento da BR 101, próximo à cidade de Touros - RN)

segunda-feira, abril 06, 2009

Este blog está temporariamente fechado para dedetização.

segunda-feira, março 30, 2009

Haja corazón


"O coração se guia sozinho e
sem medo frente ao escuro no
caminho do amor, enquanto a razão perde tempo procurando por um trajeto seguro!"




Isso faz do coração um cavalo cego desgovernado? Da razão uma rédea retentora?

Coração e razão são realmente antagônicos?

Não é a intenção pura de um, que leva à ação com a outra?

Ou tem mesmo o coração "razões que a própria razão desconhece" ?






terça-feira, março 24, 2009

Clarice

Não costumo fazer isso, afinal este é um blog de coisas desimportantes e não muito graves, mas li este trecho de um livro da Clarice Lispector... e frente à "futileza" desta janela desinformativa que vos apresento, resolvi postar o que li, para contemplação dos nossos (moscas, baratas, cupins, traças e afins) leitores.

"Olhe para todos ao seu redor e veja o que temos feito de nós e a isso considerado vitória nossa de cada dia.
Não temos amado, acima de todas as coisas.
Não temos aceito o que não se entende porque não queremos passar por tolos.
Temos amontoado coisas e seguranças por não nos termos um ao outro.
Não temos nenhuma alegria que não tenha sido catalogada.
Temos construído catedrais, e ficado do lado de fora pois as catedrais que nós mesmos construímos, tememos que sejam armadilhas.
Não nos temos entregue a nós mesmos, pois isso seria o começo de uma vida larga e nós a tememos.
Temos evitado cair de joelhos diante do primeiro de nós que por amor diga: tens medo. Temos organizado associações e clubes sorridentes onde se serve com ou sem soda.
Temos procurado nos salvar mas sem usar a palavra salvação para não nos envergonharmos de ser inocentes.
Não temos usado a palavra amor para não termos de reconhecer a sua contextura de ódio, de amor, de ciúme e de tantos outros contraditórios.
Temos mantido em segredo a nossa morte para tornar a nossa vida possível. Muitos de nós fazem arte por não saber como é a outra coisa.
Temos disfarçado com falso amor a nossa indiferença, sabendo que nossa indiferença é angústia disfarçada. Temos disfarçado com o pequeno medo o grande medo maior e por isso nunca falamos no que realmente importa. Falar no que realmente importa é considerado uma gafe.
Não temos adorado por termos a sensata mesquinhez de nos lembrarmos a tempo dos falsos deuses.
Não temos sido puros e ingénuos para não rirmos de nós mesmos e para que no fim do dia possamos dizer «pelo menos não fui tolo» e assim não ficarmos perplexos antes de apagar a luz. Temos sorrido em público do que não sorriríamos quando ficássemos sozinhos.
Temos chamado de fraqueza a nossa candura.
Temo-nos temido um ao outro, acima de tudo.
E a tudo isso consideramos a vitória nossa de cada dia. "

quinta-feira, março 19, 2009

Ascenção e queda da comunicação em massa

Há um bom tempo venho percebendo que parece ter virado uma bizarra mania nacional me deixarem falando sozinha. Em algum jornal que eu não li, ou em algum canal onde passa alguma novela que eu não assisti, devem estar veiculando essa nova moda.
Eis que um dia, dado todo esse bum na comunicação de massa, fui convidada à participar de mais uma rede de relacionamentos. O modelo era interessante, a proposta bacana, novo modo de se comunicar, legal, vou entrar.
Entrando, percebo que apenas uma pessoa da minha lista de e-mails está ligada a essa rede. Bom, seria questão de tempo até que eu convidasse o restante dos amigos da lista.
Vamos lá então, como funciona essa nova gracinha? A proposta do site é fazer, em tempo real, um pequeno diário do dia a dia dos internautas.
Com opções de fundos de tela coloridinhos, muda cor da fonte, muda cor da barra lateral, muda foto... hum, a hora da foto é importante, escolhe uma, não tá boa, escolhe outra: ah tá otima essa, mas o site não aceita... escolhe outra, outra... pronto, enchi o saco, vai essa mesmo!
Agora, primeira postagem no mini blog, descubro que posso usar apenas 140 caracteres... primeiro choque: como uma mulher se comunica com apenas 140 caracteres?
Vivendo e aprendendo...
Fui então ler as postagens dos amigos, ou melhor, do único amigo da minha lista, pra entender a dinâmica da coisa. Ok. Primeira postagem do dia, sobre o "que eu estou fazendo"... olha, legal!
Depois disso veio a segunda postagem, a terceira, a quarta... e percebi que minha pagininha (já que este era um mini blog) estava repletinha de recadinhos só meus.. eu estava informando a mim mesma o que eu fazia o dia inteiro, e percebi que passei o dia inteiro postando pra mim mesma, pra me informar que eu tinha escrito pra mim mesma o dia inteiro (?) ...
O que era aquilo? Um complô?
Não desta vez, antes que o misterioso fenômeno da monolocução se abatesse sobre mim novamente, abati o mini bloguinho ... e fui sentar numa cozinha cheia de mulheres, onde certamente a comunicação era em massa! Mas onde falar foi quase impossível...




Comunicação em massa II



domingo, outubro 12, 2008

E nem é Dia do Amigo ...




Passeando pela net me deparei com a Canção da América... hum, e aí, combinação perigosa: saudade + distância + canção da américa = post pros amigos !

Meus queridos, com saudade nem dá pra ficar rimando muito, nem escolhendo muito as palavras, porque o que vem do coração é tão mais fácil de se explicar com um beijo... ou um abraço ... ou até com um tchutchu !!! rsrsrs

Vocês, meus amigos, são a minha melhor e maior conquista.

O meu maior projeto, meu melhor resultado.

Por isso, tenho vocês como meu grande tesouro.

Minhas amizades me fazem uma pessoa melhor e talvez por simples egoísmo eu as cultive, só pra poder dizer que sei fazer algo muito bem feito.

Cada momento com vocês me engrandece.

Toda lembrança é a certeza, a solidez, a segurança (que eu tanto prezo) de que a amizade existe, que é vivida e é real.

Agradeço, por serem os responsáveis pelo meu sucesso.


E como à um troféu, me agarro e ergo a minha melhor qualidade: vocês.






quinta-feira, outubro 02, 2008

Um jeito ímpar de viver a par

Constantemente vejo em entrevistas e talk shows as pessoas contarem detalhes sobre suas personalidades e mencionarem suas pequenas manias curiosas. As pessoas famosas e célebres costumam gerar certa curiosidade nos meros mortais e todas as suas esquisitices parecem atraentes extravagâncias.
Pois bem... eu, como estrela célebre e única do meu próprio mundinho, também tenho algumas manias extravagantes. Entre elas, está uma mania intrínseca e incontrolável: a de classificar as pessoas em “pares” e “ímpares”... Não sei quando, nem como isso começou, muito menos como é o processo, mas muitas vezes me pego olhando alguém e pensando: “ - par... ímpar” ... E então, quando eu decido o que a pessoa é, imediatamente ao pensar nela ou vê-la, puxo no arquivinho pessoal o cartãozinho com seu nome, história e papel da mesma na minha vida, junto à um carimbo atestando: par ou ímpar. E as pessoas então vão, devidamente etiquetadas e organizadas, cada uma para o seu lugar imaginário dos pares e ímpares.
Seria tudo tão mais fácil se o convívio com as pessoas se resumisse só a isso ... Em um dia em que estivesse carente, puxava logo uma pessoa par da prateleira, já que “pessoa par”, entre muitas outras razões, é par porque é aconchegante, me faz sentir segura, confortável, aquela em quem tenho vontade de me encostar. Pra ser par tem que passar pelo teste do abraço imaginário: se eu tiver dificuldade em classificar a pessoa, imagino que a estou abraçando e se for gostoso... “ah, é par”. É uma pessoa pufe, uma pessoa edredon com ar condicionado, uma pessoa chocolate, pessoa sol no rosto, uma pessoa jardim... enfim...
Já nos dias em que eu estivesse animada, me sentindo livre, leve e solta, correria na prateleira das pessoas ímpares...
As pessoas ímpares são mais difíceis de definir, porque existe o risco de confundi-las com pessoas frias, individualistas... e principalmente, com pessoas “não pares”, o que não é o caso. As pessoas ímpares o são, simplesmente porque não consegui classificá-las ... Sim, vai entender.
Esse detalhezinho no meu dia a dia nunca havia sido problema pra mim, era uma diversão na hora de dormir, deitar e ficar pensando: “fulano...par, ciclano... hmm, par”, até o dia em que parei para refletir sobre isso. E então pensei que finalmente tinha descoberto que sou neurótica.
Ai pronto, eu sou uma neurótica, daquelas que ficam arrumando a casa, colocando o mesmo enfeite várias vezes no mesmo lugar porque acha que ele nunca está exatamente no lugar certo, dando todas as voltas da chave de casa na fechadura e ainda confirmando se a porta trancou, contando o dinheiro de trás pra frente e de frente prá trás do maço de notas, pisando dentro dos quadrados do piso da calçada pra não pisar nas divisórias...
E aí, como não poderia deixar de fazer, passei a vislumbrar o futuro e me vi: com uma belíssima roupa de época, indo à feira... ou indo de roupão, touca de banho e salto alto à uma reunião de família, como aquelas estrelas decadentes que acabam esquecidas e ficam loucas, perdidas e sem um tostão, vivendo das lembranças dos tempos áureos que não voltam mais... Afinal, ser neurótico é mesmo coisa de estrelas...
Mesmo as famosas e célebres estrelas únicas do seu próprio mundinho... rs.


sexta-feira, setembro 05, 2008

Pobre Suzy

"The world of coincidences.." said Carol...rs

Eu estou justamente com um texto sobre discriminação no forno...e me deparo com uma notícia dessas:

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL748909-5602,00-FILHOTE+DE+TIGRE+TEM+FUTURO+INCERTO+APOS+SER+RECUSADO+POR+ZOO+NO+CANADA.html
Filhote de tigre tem futuro incerto após ser recusado por zôo no Canadá
Suzy não foi aceita em zôológico por ser mestiça.Dono construiu 'casa' para o animal, mas norma regional o baniu da região.
Do G1, em São Paulo
Tamanho da letra
Uma filhote de tigre ainda não tem residência fixa, mesmo após enfrentar pelo menos duas mudanças na região de British Columbia, no Canadá. A jovem Suzy foi comprada pelo empresário Dave Bennett de uma mulher que alegou 'motivos pessoais' para se desfazer do animal. A idéia inicial de Bennett era levar o felino ao zôológico da região, mas ele foi rejeitado por ser mestiço - é uma mistura de tigre-siberiano com tigre de bengala. Para acomodar Suzy, ele construiu uma propriedade de US$ 15 mil do lado de fora de sua residência.Depois de instalar o bicho em sua nova casa, ele foi surpreendido por uma nova regulamentação: o conselho regional proíbiu a criação de animais de grande porte na região, incluindo tigres. Agora, com o filhote em sua propriedade, Bennett busca um novo lar para Suzy.


Pobre Suzy.... Discriminada por ser mestiça....

quinta-feira, setembro 04, 2008

"Ensaio sobre a cegueira"

Certo dia, comentei com uma amiga sobre meu astigmatismo que não me permitia distinguir um ponto de uma vírgula, uma vez que me faz enxergar tudo borrado... Então tive uma revelação... “se o que os olhos não vêem, o coração não sente”, será por isso que sempre me equivoco nos meus relacionamentos? Eureca!
Tomei um banho revigorante, coloquei a roupa mais alegre e fui para o centro da cidade andar por todas as óticas. Que maravilha, descobri o problema de meus relacionamentos não darem certo, estava ali a solução. De todas as cores, tamanhos, marcas, estilos. Nas vitrines, relacionamento chique, discreto, glamouroso, sério, sóbrio, espalhafatoso... pra todos os gostos. E lá estava ele, o cor de rosa... ah, La vie en rose, assim seria a minha a partir dali!
Muito animada e segura da minha felicidade, entro na ótica. O passaporte para a felicidade estava lá lindinho, moderninho, cheinho de charme me esperando. E a minha intermediária entre a terra e o paraíso se apresenta: “- Boa tarde, posso ajudar? – Ah sim, eu gostaria de ver aqueles óculos ali... o cor de rosa, por favor.” A arcanja, a mensageira, foi então buscar a minha felicidade, que estava agora muito próxima... Experimentei... uau, perfeito... “- E a lente? Vai fazer conosco? – Ah vou sim ! – Qual seu grau querida? – Ah, são 6,5 de miopia, e 5,0 de astigmatismo.”
Ela entrou, levou minha armação/promessa de felicidade e voltou com um papelzinho que continha a data em que os óculos ficariam prontos... voltei para casa ansiosa, contando os dias pra buscar meu futuro de felicidade. Finalmente iria passar a enxergar os pontos e diferenciá-los das vírgulas ...
Então, o dia chegou e lá fui eu, radiante, renovada, esperançosa. A mesma moça de antes me atendeu. Cheguei com um sorriso estampado, a voz embargada, ofegante, atropelando as palavras de tanta ansiedade: “- Oi, eu deixei meus óculos pra fazer aqui, vim buscar”. (Pronto, agora seria uma questão de segundos para que eu passasse a ver as coisas como elas são e não me enganasse nunca mais!).
A moça veio até mim com os óculos, desembrulhou-os de um paninho de feltro cinza, tirou dois adesivinhos que estavam em cada lente, limpou, conferiu a curvatura das perninhas, abertura, alinhamento... e finalmente, ai, finalmente me entregou. Coloquei os óculos cor de rosa, como queria que a minha vida passasse a ser. Que lindo!
Saí na rua e percebi que estava andando meio nas nuvens. Uau, devia ser o efeito da felicidade, de conhecer a verdade, de não errar mais. Deve ser assim a vida cor de rosa, como se pisássemos nas nuvens! Até que trombei com um senhor que passava entre duas outras pessoas numa rua apertada... e trombei em outro, andei em direção a uma banca de jornal à minha direita, quando na verdade tentava andar para a esquerda... percebi que o som das vozes das pessoas estava longe... e comecei a perder o equilíbrio. “Nossa, que embriaguez essa felicidade causa.” - Pensei. Os dias seguiram, mas a sensação de tonteira e falta de equilíbrio não passaram. Voltei ao Oftalmologista, que assegurou-me de que tudo estava muito bem com meus óculos/passagem para a felicidade.
E assim essa sensação perdurou por muitos meses, até que compreendi que na verdade ao usar os óculos eu ficava surda. Devido à uma total falta de coordenação dos sentidos, eu não escutava nada quando usava os óculos e ficava tonta, sem equilíbrio.
Então a realidade, que agora se tornara nítida, apenas me revelou mais um obstáculo na minha dura busca pela plenitude e aprendizado romântico: que mesmo mostrando pra um coração a verdade com nitidez, ele sempre dará um jeito de encará-la como quer...



segunda-feira, julho 28, 2008

Desapego

Me desculpem, mas ando um tanto quanto "não inspirada" ultimamente, então mais uma vez venho aqui apenas compartilhar um texto que li. Do escritor mais clichê, porém não menos interessante pra mim, Paulo Coelho. Serviu pra mim, e venho compartilhar.
Que todos se beneficiem.
"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram. Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal". Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa -nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Por isso é que eu sempre digo: Se a vida há de ser provisória, que seja linda e louca a nossa história. "
Paulo Coelho

quarta-feira, junho 25, 2008

"Alta biografia "

Num surto egocêntrico e por não saber sobre o que escrever, decidi falar sobre mim. E continuei sem saber sobre o que escrever ...

Simples, rasa, clara ... inversa e proporcionalmente densa, complexa. Cabeça e corpo que não selam acordo, nunca. Boa sim. Boba não (só às vezes, e geralmente nas únicas horas em que não se deve ser).
Devagar, muito. Mas sempre! E adiante!
Louca por leite e chocolate. E mais ainda pelo mar.
Louca por música. E mais ainda por cheiro de cachorro, e cheiro de gato, de chuva e de mato.
Em eterna guerra contra o espelho. Porém, sempre seguindo a máxima: se não pode contra o inimigo, junte-se à ele.
Passional. Pacifista. E ambientalista de nascença. Natural, com os pés descalços sempre que é possível. E esmaltes vermelhos quando pede a ocasião.
Idealizadora, não realizadora (o que gera batalhas internas conflitantes e sem resolução, obviamente).
Cega. Mais ainda quando amando ... e surda, quando usando os óculos (vai entender). De fala mansa, baixa e pra dentro, pra tentar ouvir e aprender a interpretar as coisas que sinto e não sou capaz de dizer.
Manias são muitas, imagino, mas não as saberia dizer. Não sou observadora. A cabeça? Sempre nas nuvens. Os pés às vezes para o alto, quando lhes falta o passo no chão onde fazem força para se manter.
Apaixonada, a cada esquina. Por cada detalhe do mundo que a cabeça nas nuvens de vez em quando, mas só de vez em quando, me permite descobrir.
Tímida. E esperando que alguém mais observador consiga enxergar por trás do sorriso largo e do olhar baixo, todas as coisas não expostas e não ditas. Porém, não menos incríveis.
Crente na vida, nas pessoas (ainda) e na capacidade de cada uma delas em alcançar o grande objetivo comum, que acaba por separá-las. Feliz.

domingo, junho 15, 2008

Mon Animal

Sensacional, texto de Elisa Lucinda por Ana Carolina. Auto explicativo.

"Eu a vejo quase todas as manhãs
Não é exatamente bonita. Aliás, ela é de uma feiura estranha, como se carregasse uma boniteza espalhada em si, nos gestos, e não nos traços exatamente.
Não importa. Importa, que a vejo acompanhada perenemente do seu cão, um pastor alemão com cara de bom companheiro, e é, eu vejo. Encaixa o seu focinho nos joelhos dela, brinca com ela, grune querendo dengo..E ela também, essa minha vizinha, brinca de não-solidão com esse cachorro específico, gosta dele, e "Não duke, assim não Duke, deixa o moço, Duke me espera, não vai assim na minha frente, cuidado com o carro". Ele a olha como quem agradece e vão os dois, não em vão, pelas ruas de Copacabana sobre o sol, felizes que só vendo. Eu vejo. Ela é camelô. Nos encontramos no elevador e eu:- "Vocês se divertem tanto, é tão bonito."- "É, nos conhecemos na rua né. Ele olhou pra mim assim bem nos meus olhos, eu tava trabalhando, vi logo que ele era um cão bem cuidado mas faltava carinho. O elevador apertadíssimo, e ela continuou falando:"Eu tenho certeza que ele é de câncer. Mas é muito sensível, só falta falar, né Duke? Ele não é lindo?Eu disse: - "Lindíssimo. E você que signo é?"- "Ah, minha filha, eu sou de capricórnio, né, Janeiro né.. mas com ascendente em câncer. Combina, combina sim. Eu vejo o Duke lambendo as mãos dela, magras mãos, cujos dedos ela oferecia de propósito distraídamente a mordida dele. Eu olhei, admirando receosa, por conta dos afiados dentes porque eu quase não entendo de cão. E ela:- "Você tem medo hein? hum. Não se ofenda, o Duke entende tuuudo. Não gostou do que você pensou, jamais me morderia, jamais me trairia, né Duke?" Senti o pensamento de Duke latindo que jamais a trairia. Achei bonito. Chegamos:- "Tchau"- "Bom trabalho, tchau Duke."Fui pra rua pensando longamente nos dois. Ao final da tarde, avistei pela janela Duke e Angela indo pelo crepúsculo na praia. Vi os dois voltando sorridentes e caninos sobre a noite estrelada. Ela com fitas de vídeo penduradas ao braço sempre conversando com ele. Eu tenho inveja de Angela. O animal que eu quero não mora comigo, não almoça mais comigo, não brinca mais, não me telefona, não me adivinha o pensamento, não me acompanha ao crepúsculo, não grene querendo dengo, nossos signos parecem não mais combinar. O animal que eu quero pensa demais e por isso não passeia mais comigo. E o pior: Não me lambe mais. "

sexta-feira, abril 25, 2008

My God...

Tanta, mas são tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo que está impensável postar aqui com regularidade.
Apenas quero deixar registrado: tem alguem lá em cima de sacanagem comigo...
Parece que estou correndo atrás do próprio rabo, como um cachorro tolo, vamos mudar isso!
Mas é jáaaaaaaaaaaaa! Não é depois não.
Assim que pensar em algo interessante pra mudar essa condição, posto a resposta..rs

sábado, março 29, 2008

Retificando ...

Há algum tempo postei uma música cujo autor me era desconhecido, acabei dando o mérito da obra ao autor errado.
A "amante de Chico Buarque" desconhecia que a música que eu tanto havia gostado era de autoria do próprio.

Choro Bandido (CHICO BUARQUE DE HOLLANDA)

"Mesmo que os cantores sejam falsos como eu
Serão bonitas, não importa, são bonitas as canções
Mesmo miseráveis os poetas os seus versos serão bons
Mesmo porque as notas eram surdas quando um deus sonso e ladrão
Fez das tripas a primeira lira que animou todos os sons
E daí nasceram as baladas e os arroubos de bandidos como eu
Cantando assim: você nasceu para mim, você nasceu para mim
Mesmo que você feche os ouvidos e as janelas do vestido
Minha musa vai cair em tentação
Mesmo porque estou falando grego com sua imaginação
Mesmo que você fuja de mim por labirintos e alçapões
Saiba que os poetas como os cegos podem ver na escuridão
E eis que, menos sábios do que antes os seus lábios ofegantes
Hão de se entregar assim: me leve até o fim, me leve até o fim
Mesmo que os romances sejam falsos como o nosso
São bonitas, não importa, são bonitas as canções
Mesmo sendo errados os amantes seus amores serão bons "

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Vinte e poucos anos



Os finais de ano chegam, e todo ano é a mesma coisa : retrospectivas, promessas, listas dos planos realizados e não realizados, "hoje é um novo dia, de um novo tempo, que começou" ...
Entretanto esse final de ano tem algo de especial : marca o fim de minhas últimas duas décadas, o fim dos "inte", o ingresso no ano de "mil novecentos e eu nasci à trinta anos atrás".
Não vou fazer aqui uma retrospectiva desse ano, ou da minha vida. Não convém.
Guerras? Todo dia uma... batalhas duras travadas contra relógios, conduções públicas coletivas, chefes ...
Desastres naturais? Um terremoto que deixou o terreno do glúteo acidentado, o das coxas cheio de pequenas ranhuras e sulcos. E no abdôme ocorreu a elevação de novas formações montanhosas ... "Uma verdade inconveniente" - Al Gore, você não viu nada !
É bem verdade que esses eventos vêm ocorrendo ao longo dos anos, mas parece que sempre se elege um ano pra se falar de determinado problema. E assim como se faz com esses problemas, vou fingir que vi todas essas coisas surgirem hoje, pra desculpar meu total descaso frente aos ocorridos: "Nossa, isso não estava aqui ontem".
Nove, é o último remanescente dos "inte" anos ... e onde estão as ONGs, os protetores, os conservacionistas ? - Usei todos do mercado: Chronos, Renew...
E aí, o último dígito se vai, agonizante junto à chegada de mais um ano.
Mas o último dígito marca também um recomeço. E se seguirmos essa linha de pensamento maravilhosa, e confortantemente ilusória, chegamos ao ano de "mil novecentos e o zero é menor que o nove !!"
E então ...

Adeus ano velho ... Feliz ano novo !




segunda-feira, novembro 05, 2007

Só pra descontrair....rs



Desconheço o autor, mas ADOREI! kkkkkkk

terça-feira, setembro 04, 2007

Miss tudo






Senhoras e Senhores... é com grande prazer e emoção que vos apresento..... Miss Tuuudo de Bom Mundo Árabe 2008 : Turca Doida.



Foto de arquivo


Acompanhem a ginga, a classe, o estilo do jeito Oriente Médio de ser.



Ao ser indagada sobre suas melhores qualidades na parte de entrevista com as candidatas a resposta foi:

"além de linda...cheirosa...inteligente...perfeita E modesta...sou uma ótima atriz também.....
pessoa de grande sucesso e muita sorte....até os anjos...santos e afins sao meus fans!.." (depoimento colhido diretamente em entrevista pelo msn).



Acompanhe emocionado o momento da coroação:







Uma palhinha para a concorrência, para conferirem que não tinha pra ninguém mesmo:


Infelizmente foi descoberta a fraude na inscrição, já que nossa amada Turca Doida não é proveniente do Bahrein, e sim uma pseudo Síria oriunda de terras brasilis. Ela retornou para nossa terrinha sem a faixa de miss.... Que fatalidade!

Amada.... você será a nossa Miss Mundo Árabe para sempre em nossos corações!



-----------------------------------------------------------------------------------------

matéria na íntegra no site da Globo.com : http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL78967-5602,00.html ;)

quinta-feira, julho 12, 2007

A Força da Imagem: Planos infalíveis


Sugestões para ajudar a amiga.

Clique na imagem para ampliar e ver os detalhes.

Enjoy it.

quarta-feira, julho 11, 2007

Malas de viagem


E então nossa amiga está quase partindo em viagem ao exótico oriente, terra de seus ancestrais antepassados. Não, a amiga em questão não é a japa, a japa é a que vos escreve; sabe como é, o oriente é grande, o honorável arquipélago fica afinal de contas no meio do mar.

Refiro-me à outra pessoa, cujo DNA é oriundo das tórridas areias mouras. Sim, Mary está quase de partida para a Síria.

Em uma descontraída conversa, faço a costumeira pergunta à quem vai viajar:

-" E aí, tá pronta a mala?"

Quando recebo um suspiro virtual. Na sua sequência (sem trema mesmo, esse treco vai ser abolido de vez da língua portuguesa em meses) uma confissão: a mala está tão cheia de presentes, oferendas e mimos aos parentes de além-mar (não, não são portugueses, apenas ficam em outro continente mesmo) que não há quase espaço para seus próprios pertences.

Fiquei preocupada:

- "Peraí, vc pode levar 2 malas de 32Kg por pessoa mais bagagem de mão."

Fiz as contas, são 3 pessoas, 6 malas x 32Kg.... São 192kg!!!

O que pode ter tanto peso? Rapadura e farinha não pode ser...Dianamite e nitroglicerina?

Pode haver algum parentesco com o Bin Laden como já foi questionado por amigos semana passada? O Jack Bouer tá sabendo disso? Conspirações de governos começam assim... Mas são apenas presentes que a dedicada mamy de nossa amiga levará a todos, digo todos mesmo, parentes da Síria.

Na festinha de despedida da Red Turca todos os convidados sentarão em cima das malas, para que as mesmas possam ser fechadas.

Na foto: uma estivativa de como será o embarque tanto na ida como na volta.

Claro que esse carrinho leva apenas as malas da família da Dri.

Monumento














Essa obra de arte foi concebida em conjunto em uma noite dessas no QG atual.


Note a graça das linhas, as cores, a perfeição das formas, a luz adorável lançada no momento da fotografia.



Sim! Há muito talento nessa fruteira! ahahahaha....



Noites de alegria!

segunda-feira, julho 02, 2007

Feliz aniversário Tata querida!


Só pra variar... um leve atraso na homenagem da Fruit Salad Power Girl aniversariante.


Nossa correspondente de Curitiba fez aniversário no domingão dia 01-07 e nós do lado de cá fizemos muita corrente positiva pra essa moça que é guerreira à beça.


Tata, desejamos muito amor, saúde e realizações dos seus sonhos que está lutando para realizar, afinal de contas, os novos sonhos muito mais bacanas tem que ter espaço pra chegar e tomarem forma!
Felicidades, pq vc merece.
E como não poderia deixar de ser, mais uma obra de arte para ilustrar o momento...kkkk

Feliz aniversário Tataaaaaaaaa!!!!

Te adoramos de montão!


sábado, junho 30, 2007

Estrelato : realidade ou fantasia ?

O cenário era uma casa de shows. Não muito elegante, porém não tão ruim a ponto de desmoralizar sua platéia, que se encontrava ali, em peso, aguardando a entrada dos concorrentes do show de talentos.
Meia luz, de tom alaranjado, uma leve fumaça envolvia o ambiente, o que fazia com que os presentes ali parecessem vultos, porém até bem distinguiveis.
Todos de pé, sem mesas. Daquele ponto do salão a visão era de algumas cabeças, e da frente do palco, sem seguranças. Apenas com um espaço entre sua estrutura e a platéia.
No palco, suportes de microfones, caixas de som, pessoas transitando frenéticas, cortinas semi-cerradas lateralmente. E no canto do palco uma figura sorridente, esfuziante, chamava atenção de todos ao seu redor.
O tempo parou naquele instante : Calças vermelhas que brilhavam refletindo as luzes do palco, uma jaqueta com fartas ombreiras e franjas que dançavam a cada movimento de seus braços. Chapeú, botas, tudo tão vermelho quanto o sangue de um touro no meio de uma arena em Madrid. Tão brilhante quanto o diamante mais polido e lapidado.
Quando a imagem se descongela, a concorrente do show de talentos conversa com alguém na coxia, pega seu microfone e vem em direção ao centro do palco.
"Senhoras e senhores, a nossa próxima concorrente: Adriana Rahmé ! "
Aplausos, confusão, tontura, vertigem ... e eu acordo, às dez da manhã em um sábado ensolarado...